sábado, 19 de dezembro de 2009

Sob o medo da penhora


Torres dos refletores do Arruda e ônibus do Santa Cruz correm risco de ir a leilão já no começo da temporada 2010.


Dois bens de fundamental importância para o Santa Cruz podem ser subtraídos pela Justiça do Trabalho, devido a débitos do clube com antigos jogadores. As torres de iluminação - incluindo os refletores - do Arruda estão penhorados há mais de seis meses. Um leilão, inclusive, está marcado para o próximo mês de janeiro.



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Outro patrimônio ameçado é o ônibus Expresso Coral, afiançado desde meados de outubro. Não bastassem os possíveis revezes, o Tricolor ainda pode ter mais complicação judicial, pois sequer entrou com pedido de ação rescisória ou tomou qualquer outra providência referente à perda do embate contra o ex-volante Neto - o juiz da 12ª Vara do Trabalho do Recife, Bernardo Nunes da Costa Melo, deu ganho de causa de R$ 4.008.409,63 ao atleta, no último dia 29 de setembro.


O problema mais urgente se remete aos refletores. A penhora é referente ao processo onde envolve dívida trabalhista com o ex-meia Darci, integrado ao elenco tricolor durante a temporada de 2002. Com a defasagem do período de quitação, o Santa Cruz precisa desembolsar cerca de R$ 500 mil ao ex-jogador. O Tricolor precisa negociar ou sanar o compromisso para evitar o leilão. Para o arremate das torres, as propostas iniciais devem girar em torno de 20% do passivo coral com a ação judicial.


"A iluminação é instrumento de trabalho do clube. Necessária para gerarmos receitas e honrarmos nossos compromissos. Levamos o fato para o entendimento do juiz e estamos aguardando a decisão", explicou o diretor jurídico coral, Miguel Moura, antes de emendar um discurso, no mínimo, polêmico: "Isso (penhora) é uma coisa normal. Ora conseguimos nos livrar, ora temos processo judicial. Mas estamos lutando e tomando as medidas cabíveis". O Santa Cruz possui acordo com a Justiça do Trabalho, onde 20% da receita é revertida para pagar dívidas. "Utilizamos 100% da renda do programa Todos com a Nota para o passivo trabalhista", garantiu Moura.


O ônibus Expresso Coral, orçado em cerca de R$ 600 mil, faz parte de um acordo de comodato entre o clube e a empresa Minasgás, dentro do plano de patrocínio da companhia. Ainda não houve embargo do Tricolor, mas, segundo Miguel Moura, "é uma questão mais fácil de ser resolvida".


Sobre a ação vencida pelo jogador Neto, o diretor jurídico afirma que um escritório particular de advocacia (Lima & Falcão) está cuidando do assunto. "Nenhum processo de execução se remete à gestão de Fernando Bezerra Coelho. Estamos cautelosos para deixar os novos contratos bem amarrados, sem brechas para possíveis revezes futuros."

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